‘Minha resposta é o trabalho’, diz Wilson Lima sobre perseguições na campanha

O candidato à reeleição ao governo do Estado, Wilson Lima (União Brasil), participou, nesta segunda-feira, 8, de entrevista no Programa Manhã de Notícias, da Rádio Tiradentes. O governador afirmou que está pronto para os ataques que vai sofrer ao longo da campanha eleitoral e sua resposta não será atacar, mas o trabalho.

Ainda durante a entrevista, o governador falou sobre a crise do oxigênio, no início do ano passado, além das melhorias na área de Saúde alcançadas durante sua gestão. Em relação à sua ausência no primeiro debate entre os candidatos ao governo, promovido pela Banda Amazonas, no domingo, 7, Wilson Lima justificou que estava cumprindo agenda no município de Tabatinga (a 1.106 quilômetros de Manaus).

“Estava em uma agenda em Tabatinga, com entregas das UTIs. Começamos em Parintins e fomos para Tefé. Também visitei algumas comunidades para entender as necessidades dos moradores e das populações indígenas”, afirmou.

O governador ressaltou, ainda, o fato de receber ataques desde o início da transição, antes mesmo de assumir o governo do Estado. “Eu comecei a ser atacado durante a transição porque não aceitavam o resultado das urnas de 2018. Sobre o caso dos respiradores, estávamos numa batalha para salvar vidas e, mesmo diante dos momentos difíceis, os adversários poderosos da política ocupavam seu tempo em me atacar e tripudiar. A determinação que eu dei aos meus secretários era que comprassem tudo o que fosse necessário de insumos para salvar vidas. Há um processo sobre essa situação e não há nenhuma acusação contra mim. Não há um documento sequer assinado por mim que indica que eu cometi algum tipo de irregularidade. Minha vida foi virada de cabeça para baixo e não encontraram nada. Se tivessem encontrado você acha que eu estaria na cadeira de governador?”, questionou ao citar o caso de outros governadores do Brasil que foram afastados.

Questão do oxigênio

“Com relação à questão do oxigênio, houve três pontos para que acontecessem momentos críticos e difíceis. Primeiro, estávamos lutando contra um inimigo desconhecido, não foi só o Amazonas que enfrentou o problema do desabastecimento de oxigênio”, justificou.

Wilson Lima afirmou, ainda, que o Amazonas tem um problema complicado de logística e, em alguns casos, só se chega de avião ou de barco. “No Amazonas surgiu primeiro a variante mais mortal da Covid-19 e o que é mais grave, eu herdei uma herança na área de Saúde de um sistema sucateado. Quando parei para fazer o levantamento de quantos equipamentos tinham no Estado, não havia registro na rede. Nossas equipes tiveram de sair com a prancheta na mão e fazer o levantamento dessas questões e conseguimos avançar muito”, destacou.

Central de medicamentos

O governador reafirmou que, quando assumiu o governo, havia 12% de abastecimento na Central de Medicamentos e, atualmente, este número está acima de 80%. “Não havia uma UTI no interior e começamos por Parintins. O hospital Delphina Aziz tinha 130 leitos em 2019, sendo dez de UTI. Hoje, são 383 leitos, sendo 180 de UTI. Os poderosos que passaram pelo governo não deixaram nenhuma usina. Todas foram colocadas no nosso governo. Hoje, temos 45 usinas de oxigênio funcionando. Mais de 40 municípios têm autonomia para produção de oxigênio”, ressaltou.

Eduardo Braga

Durante a entrevista, foi citado o nome do também candidato ao governo do Amazonas, senador Eduardo Braga (MDB), que aparece em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, segundo o apresentador Ronaldo Tiradentes. O candidato também deve atacar o atual governador.

“Duvido se houve um governador tão atacado quanto eu. Estou muito preparado e a minha resposta não é o ataque, não é perseguir ninguém, a minha resposta é o trabalho. Mesmo diante da pandemia e da maior enchente de todos os tempos, entregamos a AM-070 (Manaus/Manacapuru) e quatro governadores passaram por lá. Mesmo diante de tantos desafios, estamos ampliando o programa ‘Prato Cheio’. Antes, eram sete restaurantes populares e, agora, são 34. Até o fim do ano vamos inaugurar mais dez. Me deram a oportunidade de trabalhar e, depois que passou a pandemia, eu estou há um ano e meio governando o Amazonas e entregando obras. Os outros dois anos e meio foram para administrar crise”, ressaltou.

Planos

Caso seja reeleito, Wilson Lima afirmou que pretende combater a fome no Amazonas, com ampliação do programa “Prato Cheio”. “Saímos de sete para 34 e vamos trabalhar para colocar um restaurante popular em cada município do interior. Criamos o Auxílio Estadual Permanente para garantir o alimento a essas pessoas que tanto precisam. São 300 mil famílias no Amazonas. O segundo ponto que vamos priorizar é a geração de emprego e renda. Temos uma série de ações, como as obras que estão acontecendo em todo o Estado. Só esse ano estamos investindo R$ 1,5 bilhão, para gerar até o fim de 2023, mais de 123 mil empregos diretos”, destacou.

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Acervo O Poder


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